Vi um menino num tempo em que eu tinha dez anos.
De lá pra lá, ele segurava o coração como se fosse um iôiô.
A noitinha o jogava nas estrelas e acordava cedo pra não dar tempo dele ir embora.
O coração ia e vinha.
A madrugada, o menino e o coração passeavam. Noite nova toda vez.
Quantas histórias carrega.
É uma estrela o coração, brilha de valentia, sorri de paródia.
Só descansará quando achar um lugar pra pousar.
Assim é a pessoa que ama por gostar.
Belo.
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