Apenas existia, estava ali uma vez ou outra vez, vez tinha que não estava.
Era um esconderijo, uma fábula, Coelha que pisava leve e só em folhas molhadas.
Coelha eu te conheço bem e pode parecer que não. Subo escadas com você e fazia tempo que a via assim novamente, tão amostra em meus pensamentos.
Ele nunca lhe dará um abraço para consola-la, abraça-la vai por carência própria.
Ele não poderá reconhecer a tua angústia, ele mora longe e você o ama.
Ele faz o que quer, ele vem quando quer, só para se sentir bem. Repousa na cólera e faz com que ela se expanda em vós, nos faz ouvir o peso que carrega.
Tentamos recuperar o que não presenciamos, nenhum dia, nunca vimos.
Não nos faz bem Coelha, não a mim vendo você assim.
Você repisa os passos dele, você é a continuidade da estrada.
Não Coelha!
Precisa reconhecer o que te faz por completa, isso não pode ser, se for, desisto!
É apenas falsa bondade que ele tem ultimamente.
Passei tanto perfume hoje, tanto, hoje, e ele se dissolveu quando ele disse: Volte!
Eu faria tanto e você estaria do meu lado, mas ele está aqui.
Você acha que as ações dele valem, mas eu não estou disposta a pagar.
Eu poderia ser muito mais.
Você está me chateando...triste ver isso se refletir em mim.
Eu, sendo tua, nunca fui coelha e quando falava a ele silenciosamente medrosa: Voei.
Ele dizia: Pois volte!
Você reforçava: Volte! Quase sem dizer.
E eu torcia pra que no fundo você estivesse dizendo: Coelhos mudam, você não é, pois então vá!
Mas as vezes eu dizia: Não voei.
Ele dizia: Pois então voe!
Eu dizia: PORQUE? Em silencio.
E você Coelha, gritava, e de nada adiantava.
Finalmente eu tenho certeza de que quando você caiu, ele não te reergueu.
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