quarta-feira, maio 12, 2010

Sintemesque/platônico.

1 - Por aí, a pé, calçada, calçada, desejando qualquer cheiro que a fizesse lembrar daquelas poucas satisfações, quando aspirava, pensava em si, só em si, e quando não a tinha, pensava mais ainda em si.
2 - Ela parava, sonhava, chorava, lembrando daquelas nunca vezes em que o queria por perto. E assim era bem melhor, porque sabia o quanto desfaria o sonho, a lágrima e a paralisação se o tivesse. Mas ela não pensava em si, escolhendo a dor por fim.

É a diferença transformada em semelhança entre um amor e uma alucinação, entre a desvalorização pessoal e o egoísmo.
Receio que ninguém sabe do que estou falando.
Sintemesque platônico.
É bom quando não temos um amor, é ruim quando não temos disposição em massa.
É bom quando não temos a última e ruim quando não conseguimos ter o primeiro.

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