sábado, setembro 04, 2010

Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos...

A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel

E nuvens!
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil.
Meu Brasil!...

Mas sei, que uma dor
Assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança...

Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar...

Azar!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar...

Não há quarto parágrafo, há meu Brasil mostrando que podemos compreender o embrulho urbano.
A reação violentou meus conceitos pre.
Tô com sono, tô com medo, olha isso!
João, Aldir, quantos carros ficaram sujos e molhados essa noite?

Tem que continuar.

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