segunda-feira, dezembro 13, 2010

Jasmim

No dia em que São Paulo avisou a todos que estava em Caos, Jasmim foi colhida, discretamente, de um Terminal qualquer.
Agora está posta em um copo d´água, seu tamanho diminuiu por causa da Tempestade. Talvez tenha sido de fato, um ato de desprezo da parte de quem a plantou ali, perto daquele Terminal, mas era São Paulo, alguma coisa com certeza acontecia naquele coração, mesmo não cruzando a Ipiranga e a Avenida São João...
Cansou rapidamente de impestiar aquele ambiente depressivo, afinal, óleo essencial nunca fora extraído.
Nos seus últimos dias, ela atacava com desfalecimentos a sua acompanhante, moradora.
Não bastava ser somente fraca, ingênua, desistente, ela invejava as baratas que mesmo sem prever eram esmagadas, era a casa dos gritos, dos choques em forma de spray...
Por isso julgou, não trabalhou, usou, com sua grande capacidade de obstinar, o iperativo.
A moradora implorou para que não ouvisse mais chances de reconciliação, ela, cinicamente, concordou.
Agora está, num tubo de ensaio, rindo das malditas pessoas que arrancaram tua chance de ajudar nos banhos afrodisíacos, na sua essência masculina, arrancaram-na do Caos, e o Caos ali se implantou.
Não colha Jasmim.

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