sexta-feira, dezembro 10, 2010

'Que susto', quando senti um galho furando minha costela, sentei, mas não pude abrir os olhos, risos ocultos alfinetaram-me como o maldito galho.
Com a visão ainda embebedada, dois homens se materializaram aos poucos.
Um deles não calava a boca, e minha compreensão ainda recém-nascida, não pode traduzir aquela esteira de palavras.
O outro arrancava com mãos de madeira, corações da árvore que nos protegia da chuva, que já havia cansado. Era mudo, e sua camisa suja denunciava tempos úmidos.
Se deleitava com suculentos órgãos. Era a época dos corações.

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