sábado, fevereiro 26, 2011

Sou chamada aos montes e pelos montes.
Guardei os gostos dos papéis, a espessura dos abraços, a invasão sonora, cores, cores, chuva e gotas suicidas.
Sinto falta apenas das manhãs frias, e do frio estendido ao dia.
No meu poço, sem colagens, sou eu mesma o balde, sem corda, sem mãos.
As mãos tocam, apelam por ostras abertas, e quando vi a curta noite, de perto, passeando sem minha enojante companhia, quis tocá-la, quis tocá-la com todas as minhas mentes e encantos corporais.
E aquela escuridão patriota sequer mirou-me... Depois soube que meus desejos e pensamentos eram como um lago sem Peixes, e meus olhos nada mais conseguiam ser, além de subversão.
Quis dançar aquele suspiro perene que ludibriava-me, e eu sabia, mas só me rendia.
Sírius, oculto fantasma radiante, seja generoso e leve-me cavalgando depressa aos penhascos soturnos, para que eu possa degustar, de longe, a noite que ignorou-me. Preciso repousar essa contusão.

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