terça-feira, abril 13, 2010

Químicas 13.04.2010 07:47

Ontem mesmo alertei meu pai e minha avó que fossem insistentes ao me acordarem hoje, pois quando tenho dor não durmo, quando não tenho, hiberno. E fui dormir sem dor e bastante sono.
Me recuso a chamar isso de insônia, sei que os sintomas são até que comuns, mas eu consigo dormir, até determinado estado químico.
Estou até sonhando deliberadamente, e se uso essa palavra é porque algo está cooperando para um simples adormecer.
Talvez eu me filme para ver se é apenas sonho que consigo ter.
Prefiro o despertar comparada ao engano no momento, me sinto exausta, sem olhos para cautelar, sem velocidade para explodir e sem realidade para saber que depois desses "episódios inoportunos" será feita uma volta que me renovará.
Não tenho forças para dobrar-me ao meio mas ainda consigo ter raiva do sistema e fome de letras, histórias, compartilhamentos, achados e principalmente perdidos.
É assim que me sinto, acabei por dizer sem saber que faria tanto sentido, o que está sendo algo raro.
Esses dias fui a polícia por uma brincadeira irresponsável, mesmo que isso não pareça combinar comigo, eu me senti bem lá, não tenho preocupação em censurar o que sinto, as pessoas que se responsabilizem por isso se ficarem chocadas.
Me senti bem apenas pelo sofrimento de saber da minha verdade e discordarem de mim. Consegui provar apenas pra minha sanidade, que a polícia (sem generalizar e sem ser a favor) errou.
Tenho medo de me tornar polícia na vida (não por mim, afinal esse tipo de equívoco não me prejudicaria), medo de ter em mãos algo que aponte com todos os dedos para leste e sem mais, desperdiçar todo um treino prévio e não perceber que há coisas mais óbvias do que outras que apenas aparentam.
De certo me perdi escrevendo.
É efeito, não liguem, as palavras se misturam, não posso operar máquinas, nada que me responsabilize, os olhos exaustos, os dedos se arrastando como Cristo ao segurar a cruz e eu sinto sono, mas a química, ah, a química...
Me perderia no drama dos bocejos e da vontade de sentir cheiro de mexerica.
Há tempos tenho vontade de escrever sobre a dor, penso sempre em algo objetivo, é apenas exigência. A claridade, a calmaria e a exigência não se conhecem.

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