terça-feira, setembro 21, 2010

(Achei esse texto perdido num bloco meu)

Confesso que estraçalhei meu dia, mas seria possível uma garota ter culpa nisso?
Carrego muitas coisas, imaginando poder fazer meu dia "agitado". Compro balas, continuo mais branca e ofego.
Mãe! Diz, Oh não, ainda não, eu ainda ouço minha amiga, mas era certeza, ela iria me maldizer se lhe contasse a verdade.
Tenho dor, sono, enjôo, cansaço, quero ar, um ar só meu, é nojento dividir com essa gente.
Menos com você, amiga, ah, como eu gostaria que fossemos amigas, mas imagine a decepção que eu causaria a ti, tantas coisas que poderia decepcioná-la.
Você não era só isso. Era mais isso.
Ponho em prática uma tentativa de plano agitado, mas recebo pouca atenção...Coitada da minha amiga, esta a ter gripe a sete dias.
Em dias assim gosto de ter todos afastados de mim. Afastar-me-ei então.
Se ela pudesse ao menos pegar um ônibus de viagem com uns 40 minutos de duração, seria ótimo pra ela. Custa sete reais, só não poderia esquecer de engolir uns apracurs.

E de novo ao me mover até o quadrado de aprendizagem pequena, desço pronta pra comer, mas a privada está mais atrativa.
Digo então: -Mãe...
-Moça
E a moça diz se corrigindo: -Mãe...Pode ir menina.
Indo embora, cheia de peso, um olhar apertado e uns comentários quase bêbados de sua amiga a outra moça na lembrança. Ah, você é tão engraçada...
Sol, lasanha, bolacha, garoto, garota.
Tudo sem sentido.
Não me aguento e durmo...Vejo que por ligações muita gente se preocupa com minhas próprias preocupações.
Sou uma delas, mas me recuso a atender.
Levanta! Não me aguento. Mas estudo e bebo água, um brinde a água e + água por favor.
Um sonho alucinante, rainha, garoto, ignorada...
-Mãe...liguei só por ligar. E fui me banhar.
Fisicamente destruída, sem criatividade, sem saber o que fazer.
Beber água, 2l400ml. Ler? Porque não? Escrever? Porque não? Não.
Sabe porque me inconformo tanto com minhas culpas? Porque todos os dias fico indiferente a todos quando chega a hora de acordar e estar sozinha.
- Você não precisa fazer nada e mesmo assim não sabe o que fazer. Disse meu outro eu.
A dor, meu pequeno amor, é maior agora que a minha vontade de coisa qualquer ou coisa nenhuma, o calor e a minha desconfortante sensação própria é maior que minha sede por ti, mais um pouco de água, por favor.

P.s: Eles estavam tão macios e tão sexuais, queriam se encostar, se tocar e eu só queria todos bem longe dali. A biblioteca é só minha e dela.
Minha amiga, não me leve a mal, eu só seria capaz de te causar desilusão, por falta de conhecimento teu...e meu.

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