Tantas coisas a sombra vaiada existente em mim te contaria sobre a vida e escutaria tuas conquistas e como teu corpo suportou sangues opostos, nuvens sem água, sol, avermelhado que puxou praqueles dias sempre tão confiantes.
Teus agrados me fortalecem, teu cheiro me inveja, teus lábios me emocionam, teu olhar velho de quem não viveu a vida do outro.
Se um outro cabeludo aparecer na minha rua, só desejarei que sejas tu, tio querido.
Quem é você? E você ajuda, com sinais ignorados, com a pressa das costas curvadas e todo mistério que sabe o que traz.
Como me grudei em teu corpo, só por saudade dum dia quando crescer, do teu tamanho verei teu rosto sem ter de me erguer.
Só ergo o meu silêncio, indireto meu gosto preto por coisas tantas, se ligam a você, como se liga um motor.
Tua vaidade não engana quem se mostra enganado, porque quem nega a hipocrisia, hipocrisia o toma.
Errôneo, perturbante, incomoda, alto tom, alta sabedoria das dúvidas que rodeiam a inocência dum homem que moeu por dentro todas as angústias guardadas de dias chuvosos, com comida oferecida e abraços negados.
Agora, diferente de antes, você implora por aquele chão molhado, e mal sabe, mas tuas mãos sujas isentariam corpos desaparecidos.
tio, cara de sorte.
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